segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Este é um Jogo experimental. Siga as instruções abaixo:

  1. Escolha um avatar: Homem ou Mulher
  2. Descreva seu avatar: Você só poderá escolher entre descrevê-lo física ou psicologicamente. Lembre-se! Ao fazer a sua escolha, você permite que eu, Grandmaster, defina a outra característica.
  3. Escolha um cenário: Floresta ou alto de uma montanha;
  4. Escolha as características do tempo: Anoite ou Crepúsculo.
  5. Escolha um clima: Ventania Gelada ou Calor Abafado.

  • Aguarde as instruções para começar a jogar.


Faça suas escolhas e...

Tente sobreviver!

Play Night Games...

*Grandmaster*

6 comentários:

  1. Homem.

    Cabelos negros, talvez lisos ou caracolados, o definitivo despenteado não da brechas para conclusão. Conclui-se apenas que não recebem cuidados há algum tempo.
    Olhos negros, definitivamente negros - jamais existiu um negrume tão intenso quanto naquele olhar, penetrante, assustado, cansado e ameaçador. É um olhar quase animalesco, que esconde, se bem analisado, um qui de medo.
    Seu corpo nu não esconde os flagelos simétricos, como que planejados, que parecem-se com tatuagens em carne-viva, latejantes, quase que luminosas de tão explicitas. Estas encobrem suas costas, virília, abdomem e peito. Assemelham-se a uma armadura, que parece se expandir aos poucos.
    Sua pele é de um tom doentio, não sei ao certo se escuro-clareado ou claro-escurecido. Qualquer que seja, apresenta uma certa palidez nunca antes atingida por outro ser, como que um novo tom de pele que se camufla, em milhares de semi-tonicidades.
    Seu físico não apresenta músculos torneados, ou ao menos trabalhados. É apenas um corpo saudável, naturalmente atraente em seu delinear, mas sem dotes musculares.
    E há algo de extraordinário em sua presença, que parece extimular todos os sentimentos cabíveis a um ser vivo de uma só vez, numa mescla não verbalizável ou mesmo imaginavel do sentir. É como se amá-lo, odiá-lo, desejá-lo etc fosse iminente, com todas as fronteiras sobrepostas e fragilmente dispostas. É uma presença sobre-humana... Amedrontadora... Extraordinária... Quase que... Divína.

    Alto de uma montanha.
    Crepúsculo.
    Calor abafado.

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  2. Instruções:
    Bruno Guedes foi o escolhido.
    Este não contempla mais jogadores.
    O jogo possui número limitado de jogadas: 05.
    Cada rodada será orientada por uma escolha que deverá, obrigatoriamente, ser feita.
    O Desafio do Jogo: Renegado, marcado e caçado, ele terá que negar sua própria índole. Para sobreviver ele terá que aprender a amar.

    1a Rodada)
    Escolha: Aceitar ajuda ou não.

    Um renegado. Filho do mal. Sua índole desprezível e doentia afasta as coisas belas do mundo. Nada para ele é tão importante quanto sua própria vida, seu orgulho e sua vaidade, agora ultrajados com as feridas tracejadas em seu corpo.
    Marcado como gado. Fugitivo. Perseguido por valentes Guardiões da Aurora. Teria ele culpa de ser filho da noite, amado e criado pelo caráter das Trevas?
    O ar sufocante lacrava-lhe as vias aéreas como se o oxigênio tivesse se esvaido. Dor, sede, ódio. Apenas isso o fazia seguir em frente, mas ele podia ouvir o som dos cânticos austrais se aproximando. Ele não viveria para ver mais alguns minutos do encatador crepúsculo daquela tarde. Seriam seus últimos passos até que a morte o atingisse tão profundamente e o último ultraje, o da captura, lhe fosse submetido: O da execussão.
    Quando o Sol deu seu último suspiro, e Han tropeçou entregando-se à morte iminente, a luz iluminou um corpo diante dele: Uma garotinha, de aparentes 5 anos, negra, de cabelos raspados e olhos amarelos. O olhar era doce e absolutamente cândido. Ela estendeu-lhe a mão.

    A escolha: Aceitar ajuda ou não.

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. By Bruno Guedes:
    Ali, naquele momento, sujo, inerte e com o destino traçado, parecia-me óbvio demais que ousassem uma última humilhação. Aquela criatura de aparência duvidosamente inocente fora enviada para me corromper no último momento de vida... Era uma tentativa de me mostrar que eu perdera, desistira e me entregara, num simples truque de ilusão, deixando-me levar pelo que eu sabia ser o mais clássico engano pela aparência singela e indefesa, mas que na verdade mascararia um último e desesperado grito mudo por proteção...

    Olhei-a fixamente nos olhos, e fui tomado pelo frenesi da inércia fatigada que me tomava os músculos de todo o dolorido corpo... Eram olhos ancestrais, como que guardassem o poder de mil reinados, o fluir da sabedoria de todos os anos terrestres e da experiênciacosmicamente nata... Eles me tragavam, como que dizendo que tudo estava bem, eu estava a salvo agora... Bastava estender-lhe a maldita mão, e entregar a batalha que eu até aqui travara, tudo em troca de sua piedade...

    Submissão...

    Humilhação...

    Foi então que me passou pela cabeça o óbvio: ela estava com eles. Sim, ela estava com os Guardiões da Aurora. Uma maldita serva da luz, a vagar pelo findar do dia, esperando o oportuno momento para me levar, sem honras ou glórias, aos seus mandantes... Meretriz de sangue imundo! Eu a odiei simplesmente por existir. Por que teria de ser ela, a mais frágil das criaturas que já enfrentara, a me derrotar? A me entregar para a última humilhação? Ultrajante olhar dissimulado, intenso e cheio da calmaria noturna que eu tão bem conhecia...

    Se eu ao menos tivesse tido mais tempo... Se eu fosse capaz de ter resistido até o completo findar do dia, até que o manto negro da noite se sobrepujasse completamente sobre a imensidão daquela região selvagem...Teria escapado.Nada ou ninguém jamais me encontraria na escuridão... Sobreviveria por mais uma acalentadora noite, que terminaria por me trair e conduzir para mais um infinito dia...

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  5. By Bruno Guedes:

    Criatura profana! Sua mão ainda estava estendida em minha direção quando meus braços cederam e meu rosto tocou bruscamente o chão ainda quente daquela tarde de sol. Minhas pernas e braços doíam. Minha garganta secara. Se eu pudesse dizer algo, na certa seria a maior das maldições. Como ousam! Eu, HanTemhota, derrotado,às margens da noite, no findar do mais interminável dia?,pensei.Uma lágrima de puro ódio marejou minha vista, escorreu-me pela face imunda e despencou na terra, sendo absorvida. Quem dera eu ter o mesmo destino que aquela lágrima... Qualquer coisa seria melhor do que aquilo que sucederia a minha iminente captura.

    Às minhas costas o som dos cânticos austrais se intensificava. Era questão de segundos até que finalmente me alcançassem. Minha consciência definhava pelos milésimos esquivos que eu lutava para manter estáticos. Era o fim, eu podia sentir... Sim, eu o sentia... Quente, como o calor do inferno... Árduo, como a tortura eterna... Lento, como o pior dos castigos... Intenso, como a maior das humilhações...

    Às minhas costas eu senti o peso de implacáveis olhares, prontos para me atacar.Dentro de minha cabeçanovamente aquele som intenso, que parecia ecoar por cada canto de minha mente.Meu orgulho se desfazia ao imaginar como tudoiria acabar...Ao meu redor tudo era embaçado. Já não tinha certeza do que realmente acontecia e do que não passava de delírio. Pude ouvir sussurros... Os Guardiões da Aurora conversavam, naquele estranho idioma, provavelmente decidindo qual deles teria de sujar as mãos ao me tocar. Desgraçados! Suas falas traziam uma mescla de nojo e superioridade.

    Foi quando algo mudou na nefasta atmosfera daquele fim de dia, e o ambiente silenciou com o peso de ummilhão de eras. Uma voz imponente ecoou pela floresta, partindo de um dos Guardiões às minhas costas.Ao retumbar de sua voz, o vento soprou mais forte e quente, as folhas das árvores responderem com um inquietante farfalhar, pássaros alçaram voo. Não compreendi qual era a real necessidade daquilo, já que eu não seria capaz de lhe responder, pois não tinha força alguma e nem mesmo compreendia aquela língua. Quis dizer-lhe injurias da pior espécie, quando novamente a voz se projetou e ecoou, ainda mais potente do que antes. Desta vez, pude nela sentir um qui de insegurança...Insegurança?

    Então entendi... Inclinei minha cabeça para o lado e vi a criança negra, ainda de pé diante de mim, com a mão estendida, encarando os Guardiões da Aurora com uma expressão tão vaga quanto o possível. Pelo tom de voz que usaram, elesnão deviam ser amigos... O significava que a garota poderia realmente ter tentado me ajudar, e não me entregar. Qualquer que fosse o caso, eu não tinha opção. Negar sua ajuda implicava em ser levado pelos Guardiões da Aurora, para um destino já definido. Aceitar sua ajuda implicava na dúvida, no desconhecido. A humilhação por aceitar sua ajuda jamais poderia ser equiparada à humilhação de ser capturado pelos Guardiões... Entre entregar-me a morte certa ou a um destino incerto, eu ficaria com a segunda opção.

    Juntei nos pulmões o restante do pouco ar que não me fugira, e tentei gritar. Em vão. Com esforço, tentei mover meu braço direito em direção à garota, mas tudo o que consegui foi alcançar algumas folhas mortas e secas caídas ao chão e amassa-las. Com o ruído, ela olhou para mim, numa expressão eternamente vaga. Sua mão ainda estava estendida. Quanto tempo havia se passado? Um minuto? Um segundo? Uma década? Novamente juntei o pouco ar que me restara, e, muito contradito, com a garganta ardente, como em carne viva, consegui sussurrar: “Ajuda-me...”. O gosto de sangue me veio à boca... Senti minha consciência se elevar... Tudo ao meu redor desfocou...Desfez-se como uma pintura em solvência...Mesclou-se numa grande massa de tons... Tragou-me...E tudo escureceu...

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  6. 2) Rodada
    Um aroma inebriante acometia seu corpo tão abruptamente que até o sono dos deuses seria abalado por aquela força. Era a fome que insistentemente digeria suas vísceras na tentativa de repor suas carências fisiológicas.
    Aquele aroma... Era de carne. Alguma carne assada. talvez um cordeiro ou uma lebre, ele não sabia decifrar. o segundo sentido a ser recobrado era a audição. um gotejar incessante ecoava sobre uma superfície ruidosa. Apostaria todas as suas fichas em um tacho de cobre. Apenas uma percussão em cobre soaria tão aguda. Do outro lado, também da mesma direção de onde vinha o cheiro, o estalar de uma fogueira. Chamas delicadas trepidando e estalando troncos. O cheiro era realmente maravilhoso!
    Como a Fênix renascida, recobravam-lhe um a um os sentidos, confundindo-o ainda mais. Estaria vivo sendo levado a uma fogueira de bruxos ou pronto para ser assado nas chamas inferno? Assado no Inferno? Por que um mestre prepararia torturas para seus pupilos adorados? Sofreria mesmo se ainda estivesse vivo, com o corpo arrastado até os portões do Éden, ao som de Cânticos Austrais, submetido por toda a eternidade a queimar à luz do sol. Seria aquele cheiro de carne o da sua própria, sendo destruída pela luz encandescente da Aurora?
    Mais um sentido despertara! O ambiente úmido e escuro, certamente tratava-se de uma caverna. A silhueta pequena e esguia recurvava-se sobre a pequena fogueira enquanto postas de carne assavam em espetos de madeira. Ao seu lado uma chaleira borbulhante respingando sobre uma caçarola de cobre. Sabia que era cobre! Não era a luz do dia corroendo sua carne, mas, áh! Ele preferia que este último sentido não despertasse... As feridas ainda abertas em sua pele tão angelicalmente esculpidas dilaceravam as forças que ainda lhe restavam.
    - Não se preocupe. O chá de ervas fará passar.
    Era ela. A garotinha daquele início de noite. O que ela queria? Pra onde o tinha levado e... de que lado afinal ela estava?
    - Senta-te e come.
    Ela o ajudou a levantar-se e entregou-lhe um pedaço grande de carne ainda grudado ao osso do animal abatido. Ainda faltava um último sentido: O paladar. Com a fome, nenhuma dor parecia maior que o prazer de saborear aquele assado. Han devorou a carne em segundos, reconfortando o estômago revirado.
    - Bebe. - Mais uma vez ela dizia algo no imperativo.
    - O que é isso?
    - Chá de ervas. Não sentirá dor durante a cicatrização. - Ela o olhou profundamente com seus olhos amarelos.
    Han estendeu a mão para pegar o chá. Ela o entregou e deu as costas indo até a fogueira pegar um pedaço de carne. A menina beliscava delicadamente, enquanto Han desconfiava de tamanha bondade. Mas isso não seria problema, pois ele já estava decidido. Iria matá-la tão logo se recuperasse dos ferimentos. Somente ela sabia de seus segredos e ele ficaria com ela, até que fosse hora de seguir pelo caminho das trevas sozinho.
    - Nunca experimentei sabor como o deste assado. - Disse ele dispersando seus pensamentos pra que não causassem desconfiança nela. Ele continuava olhando o chá. - Que carne é?
    -Humana.

    A escolha: Beber o chá ou não.

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